
Ninguém diz eu coloro esse desenho. Dói no ouvido. Portanto, o verbo colorir é defectivo (defeituoso) e não aceita a conjugação da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. A mesma coisa é o verbo abolir. Ninguém é doido de dizer eu abulo. Pra dar um jeitinho, diga:
Eu vou colorir esse desenho.
Eu vou abolir esse preconceito.

Outro verbo danado é computar. Não podemos conjugar as três primeiras pessoas: eu computo, tu computas, ele computa. A gente vai entender outra coisa, não é mesmo? Então, para evitar esses palavrões, decidiu-se pela proibição da conjugação nessas pessoas. Mas se conjugam as outras três do plural:
computamos
computais
computam.

Coser significa costurar. Cozer significa cozinhar. Imagina você dizendo:
Vou coser umas batatas para o jantar

O correto é dizer deputado por São Paulo, senador por Pernambuco, e não deputado de São Paulo e senador de Pernambuco.

Descriminar é absolver de crime, inocentar. Discriminar é distinguir, separar. Então dizemos: Alguns políticos querem descriminar o aborto. Não devemos discriminar os pobres.

A confusão é grande, mas se admitem as três grafias: enfarte, enfarto e infarto.

Lembra-se dos verbos defectivos? Lá vai mais um: falir. No presente do indicativo só apresenta a primeira e a segunda pessoa do plural: nós falimos, vós falis. Já pensou em conjugá-lo assim: eu falo, tu fales...Horrível, né?

Todo mundo gosta de dizer magérrima, magríssima, mas o superlativo de magro é macérrimo.
Espero ter matado algumas dúvidas e que a curiosidade seja sempre boa...
@Yonarah
(Retirado da net)
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